domingo, 11 de outubro de 2009

Anamanaguchi. http://http//www.youtube.com/watch?v=ETKcxRD3s28


11.10.2009.

Bom... Eu estava olhando algumas bugingangas velhas, que à muito não via em casa, quando encontrei um livro, não muito velho (na verdade, ganhei no início do ano), de Mário Quintana. O livro é entitulado: "80 anos de poesia Mário Quintana". Como já havia lido esse livro, lembrei-me de um pequeno texto muito interessante, que vou escrevê-lo aqui, pois sei que vai interessar a todos (bom...eu acho). Eu achei o tema super atual, que tem a ver com o cotidiano de praticamente todas as pessoas de nossa sociedade.

"O que acontece com as crianças

Aprendi a escrever lendo, da mesma forma que se aprende a falar ouvindo. Naturalmente, quase sem querer, numa espécie de método subliminar. Em meus tempos de criança, era aquela encantação. Lia-se continuamente e avidamente um mundaréu de histótia (e não estórias) principalmente as do Tico-Tico. Más lia-se corrido, isto é, frase após frase, do princípio ao fim.
Ora, as crianças de hoje não se acostumam a ler correntemente, porque apenas olham as figuras dessas histórias em quadrinhos, cujo "texto" se limita a simples frases interjeitivas e assim mesmo muita vez incorretas. No fundo, uma fraseologia de guinchos e uivos, uma subliteratura de homem das cavernas.
Exagerei? Bem feito! Mas se essas crianças, coitadas, nunca adquiriram o hábito da leitura, como saberão um dia escrever?"

Legal, né? Eu achei bem interessante a forma que Mario Quintana expressou sua opinião sobre os hábitos de leitura das crianças.
Antigamente (e hoje também), a leitura era fundamental para a formação intelectual e acadêmica de uma pessoa. Por causa disso, as crianças começavam a ler cedo. Isso era muito favorável, pois o hábito da leitura é muito bom para o dia-a-dia das pessoas.
Hoje em dia, a leitura também é muito fundamental para a formação de um cidadão, más esse recurso é pouco utilizado pelas pessoas, por causa das "facilidades" que surgiram, como a internet, por exemplo. Não só a internet, como também as histórias em quadrinhos. Mário Quintana criticou a estrutura das H.Q, pois resume o texto em frases curtas, e chamam a atenção do leitor às imagens.
Pois bem. Agora surge a pergunta: E onde fica a imaginação? Mais uma questão: Como as crianças exercitarão o hábito da leitura, se o que mais há nas H.Qs são figuras, e não textos? Os livros ajudam na formação de um indivíduo, pois as pessoas aprendem a escrever corretamente, a falar corretamente, e, acima de tudo, alimentam a imaginação. Lendo um livro, você cria seu próprio cenário, cria seus próprios personagens, imagina suas ações de acordo com o que está descrito no enredo... Enfim... Um livro é um tesouro, e as H.Qs diminuem o verdadeiro valor desse tesouro. Não estou criticando as H.Qs, na verdade eu gosto, posso passar horas lendo os gibis da Turma da Mônica. Más, assim como Mário Quintana e muitos outros autores consagrados, eu sei o real valor de um bom livro, que não deve ser substituído por meras figuras com uma quantidade mínima de palavras.
Aqui vai uma dica: Leia um livro. Nem que seja por cinco minutos, ou que o livro tenha só três páginas. Leia. A partir do momento que se adquiri o hábito de ler, você passa a ter a mente mais aberta, consegue conversar sobre diversos assuntos com mais facilidade, consegue se expressar melhor, a falar melhor, a ler e a escrever melhor... São tantos benefícios!

Bom, além desse texto: "O que acontece com as crianças", também tem o texto direcionado aos pais, que eu também vou colocá-lo aqui.

"O que acontece com os pais

Competiria aos pais dessas crianças, não a nós, incutir-lhes o hábito das boas leituras. Ora essa! Más se eles também não lêem...Vivem eternamente barbiturizados pelas novelas de Televisão."

Preciso falar alguma coisa a respeito? Não, né? Então ta bom.

Opiniões diferentes são sempre bem vindas.





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