quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Armas, roupas, tecnologia, fogo... Essas são as ferramentas que o ser humano necessita para sobreviver, mixadas, claro, ao raciocínio, que é a fonte de criação de todas essas coisas. O homem, figura que mostra superioridade, poder, força para com os outros seres vivos, nada mais é, na realidade, do que o ser mais frágil que há.
Imagine nós, seres humanos, acostumados com as mordomias e facilidades tecnológicas, sem nossas vestimentas, sem a tecnologia, sem armas de fogo, sem nada que nos possa proteger. Ou seja, imagine os seres humanos vivendo dos mesmos recursos que qualquer outro animal existente. Certamente não duraríamos muito. Não temos presas, dentes afiados que nos ajude a caçar ou nos proteger. Não temos pêlos para nos proteger do frio. Não temos sistema imunológico forte para nos proteger das inúmeras doenças que existem e nos atingem. Se não fossem os remédios, não sobreviveríamos. Há outros fatores que mostram o quão somos inferiores e indefesos com relação aos outros animais. Até um simples verme consegue nos derrubar. Mas o poder de raciocínio nos beneficia para "nos virarmos" e vivermos em segurança.
Este único poder que temos, é o suficiente para criar, inovar, proporcionar um meio de sobrevivência adequado de acordo com nossas necessidades e limitações e nos diferenciar dos outros seres. Mas esse poder também é o suficiente para matar, destruir, poluir, acabar com os bens naturais e intelectuais de todos os seres vivos. Temos a capacidade de mudar e inovar, mas também temos a capacidade de destruir. Poderíamos fazer diferente e nos lembrarmos do quão somos insignificantes, e retribuir à natureza o bem que ela nos faz todos os dias das nossas vidas. Mas a ganância fala mais alto, e, aos poucos, o mundo vai se definhando.

sábado, 18 de setembro de 2010

POR QUÊ? -REFLEXÕES DE UM LOUCO PENSADOR

Um dia você nasce, outro você morre. É a lei da vida, pelo menos até chegar a "intervenção divina". Más... Como isso por enquanto não acontece, temos que vivê-la até que esta chegue ao fim.
Essa vida cheia de tribulações, problemas, dores de cabeça... Poxa vida, por que não me deixaram quieto dentro da bolsa escrotal? Más, fazer o que, não é? Meu "instinto de espermatozóide", ou "a força da natureza", seja lá como isso pode ser classificado, me forçou a ser o mais forte e fecundar o óvulo de minha mãe. E, pra piorar tudo, descobri que fui um acidente. Quer dizer, além de não ter pedido pra nascer, eu descobri que eu NÃO devia ter nascido! É uma coisa de louco, sinceramente. Agora cá estou eu, vivendo na era do Aquecimento Global, gripe suína, violência em cada esquina, corrupção em tudo quanto é lado... Daí eu pergundo: Isso é vida? ISSO É VIDA?
Pois eu respondo: NÃO! Claro que não. Más eu vou fazer o quê? Já que eu estou aqui, vou viver e aguentar essa loucura toda mesmo. Aliás, acho até que o termo "loucura" não é muito apropriado. Tem que ser algo mais... Vamos dizer assim... "Turbulento". É. Isso mesmo. Me sinto como num avião. Como uma pessoa que nunca andou de avião na vida e, quando tem a oportunidade de fazer isso pela primeira vez, fica apreensiva pensando na possibilidade de que a aeronave venha a cair, explodindo e transformando-a em micro pedacinhos carborizados.
A trajetória da vida nos traz muitos momentos de insegurança, assim como num passageiro de avião de primeira viagem. Você não sabe o que vai acontecer durante essa viagem. Bom, eu sei que da trajetória, ou "viagem" da vida, nós sairemos mortos mesmo, isso não tem jeito de reverter, e é isso que me deixa ainda mais revoltado. Se é pra sofrer, enfrentar filas no SUS, ter dores de cabeça com contas, ficar velho, doente e depois MORRER, pra que NASCER?
A nossa vida passa num piscar de olhos. Tem gente que não tem nem a oportunidade de piscar e já ta morto!
PRA QUÊ? PRA QUÊ?!
Ninguém sabe...
Fica aí a icógnita. Tantas perguntas sem respostas...
LUCIDEZ- GUTENBERG, O EQUILIBRISTA.

- Eu sou Gutenberg! O melhor equilibrista do mundo!
Gutenberg bradava com entusiasmo do alto de uma enorme torre. Seu número estava prestes a começar. Lá do alto só se via pequenas cabeças curiosas que olhavam aquela figura misteriosa naquela torre gigantesca:
- O que ele fará? - perguntavam-se os expectadores.
- Gutenberg é o melhor!-bradava ele-. Meu número de equilibrismo é o mais impressionante do mundo! Ninguém nunca foi melhor que eu, e jamais haverá alguém igual! -bradava ele com orgulho.
Gutenberg sobe na beirada fina da torre e, pé ante pé, braços abertos, começa a caminhar equilibrando-se com muita classe. Ele se sentia feliz. Livre e leve. O vento soprava-lhe o rosto e fazia-o sentir-se como um pássaro. E ele o era agora. Não era mais equilibrista. Era o pásaro mais bonito que havia no mundo. Seu vôo era o mais perfeito, e plainava no ar com tamanha perfeição que nenhuma outra ave seria capaz de fazer.
E Gutenberg se deixa levar ao sabor do vento, de olhos fechados. Um sorriso de satisfação lhe brotou no rosto de tamanha felicidade. Abriu os olhos. Más, para sua surpresa, o que viu não foram penas magníficas, tampouco uma torre gigantesca e maravilhosa. Via apenas dois braços e duas pernas e o topo de um enorme edifício que se distanciava cada vez mais. O vento soprava cada vez mais forte. "Como eu queria poder voar", pensava Gutenberg. Más sorriu ao lembrar-se das cores luminosas e diversas do arco-íris, e o quão bonito é este lindo arco de beleza natural. Gutenberg fechou os olhos, e sentiu o vento forte que soprava enquanto deixava a gravidade tomar conta de seu corpo e levá-lo em direção ao chão que se aproximava cada vez mais rápido. "A linda ave agora descansará", pensou ele antes de entrar em contato com chão de concreto.
Logo surgiu uma aglomeração. Alguns preocupados e muitos curiosos rodeavam aquele corpo estirado no chão:
- Vejam só, -disse um homem- Cai de uma altura dessa e ainda consegue morrer sorrindo.
REFLEXÕES SOBRE O MUNDO CONTEMPORÂNEO

Na correria do dia-a-dia, com trabalho, estudos e tudo mais, a pressa se torna uma aliada involuntariamente. Tudo se torna superficial nesses tempos modernos. E quando alguém encontra um conhecido, que não vê a tempos nessa correria intensa, uma boa conversa se resume em frases curtas e apressadas nos pequenos segundos de duração da brecha de um sinal fechado. Seria mais ou menos assim:




Essa música foi composta a mais de 40 anos, por esse gênio da Música Brasileira, e retratava originalmente a vida urbana na época da ditadura. Más o tema dessa música ganhou mais vida e sentido atualmente, pois mostra o que está acontecendo com as pessoas em virtude das atribulações, anseios por uma vida melhor,o que acaba resultando numa pressa inevitável. Nos mostra o modo em que as pessoas são forçadas a ver as coisas ao seu redor: de relance, de fora, sem detalhes, na busca incessante por estabilidade na vida e um futuro melhor.

Abaixo, um poema de minha autoria que retrata o mesmo assunto.

QUERO

Quero parar más não consigo
Tudo é um movimento constante
Se eu parar não sobrevivo

Quero esperar, respirar fundo
Más tenho medo de me perder
Na pura míngua deste mundo

Quero esperar, não sei se posso
Não quero ficar pra trás
Nem num buraco sem fundo

Quero buscar meu bem estar
Só corro atrás do meu futuro
Más este custa a chegar

Quero uma cadeira de balanço
Quero um falar simples e manso
Quero um belo dia de descanso

Quero uma conversa de horas
Tocar viola na varanda
Ver crescer minhas crianças

Quero envelhecer calmo e sereno
Com um sorriso verdadeiro no rosto
E adormecer na eternidade, honroso

Más querer não é poder agora
Vou correndo contra o tempo
Que sempre tira-me rapidamente a hora

Desculpe, não posso mais falar
O tempo agora está passando
E este não pode escapar

quarta-feira, 7 de julho de 2010

NÃO SEI

Não sei o que quer dizer
O que o povo diz
Que é pra eu fazer

Só dizem que é pra fazer
Más, fazer o quê?
Eu não sei dizer

Não sei do que o povo gosta
Esta lei imposta
Eu não sei seguir

Toda essa metamorfose
Está querendo
Me confundir

O reto não mais existe
O torto insiste
Em continuar

E muda constantemente
E eu não sei
Quando vai parar

Não sei como vou saber
O que o povo quer
Qual satisfação?

Só sei, isto sim é certo
O que o povo sofre
É uma mutação

Não sei se o que digo hoje
Ainda vai valer
Semana que vem

Não sei se o que o povo diz
É real, concreto
Ou se vai além

Não sei o que quer dizer
Alguém quer dizer?
Tem alguém que sabe?

Se tem, queira me dizer
Antes que tudo mude
E essa fase acabe

Más acho que a resposta
Não está posta
Não está pronta

E quando houver resposta
Não haverá pró
Só havera o contra

Não sei o que quer dizer
O que o povo diz
Que é para eu ser

Só sei que para eu ser
Tenho que saber
O que EU quero ser

terça-feira, 6 de julho de 2010

HORIZONTE

Olhei no azular do horizonte
Que parecia estar fora de alcançe
Aquele azular, de tão distante
Me aproximava do que havia adiante

O que há além de azul, além do mar?
Daquela linha fina, horizontal?
O que há além de ti, que me desperta?
O que há além da areia, além do sal?

Misteriosa linha do horizonte
Leve-me para além de ti
Faça-me sentir a sua calmaria
Pois esta não posso sentir aqui

Leve-me para minha liberdade
Leve-me e me faça sentir a paz
Leve-me e me faça esqueçer que sofro
Leve-me para que eu não volte jamais.

domingo, 18 de abril de 2010

Fiz esse poema más ainda não consegui pensar num título. Quando eu pensar em algum eu coloco.

SEM TÍTULO.

Meu bem eu já não posso lhe dizer,
Sobre o que eu vejo ao meu redor.
Não sei o que é errado ou o que é certo,
Não sei o que é melhor ou o que é pior.

Meu bem eu já não posso lhe dizer,
Qual o caminho que eu devo seguir.
Muitas escolhas eu tenho que fazer,
Más eu não sei por onde devo ir.

Agora está tudo distorcido,
Agora está tudo muito incerto.
Agora está tudo diferente,
De tudo que eu havia descoberto.

São mentiras inteiras,
Competindo com meias verdades.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

DE QUEM ÉS, MEU BRASIL?

Brasil
País colonizado
Qual é sua raça, afinal?
Quem originou sua beleza,
Sua natureza, seu sal?

Brasil
País colonizado
Quem te descobriu?
A pele vermelha? O penacho?
A pele branca no navio?

Brasil
País colonizado
Qual sua língua verdadeira?
Ora pois, não sabeis?
Tupi Guarani já esqueceis?

Brasil
País colonizado
O que tu tens? Quanto vales?
Diamantes, ouro, prata, minério?
Ou espelhos, talheres, xales?

Brasil
Tua raça não sabem
Brasil
Não sabem quem lhe descobriu
Brasil
Não sabem sua real língua
Brasil
Não sabem o valor do anil

Não sabem dos pele vermelha
Não sabem Tupi Guarani
Não sabem do Piaga, nem de Tupã
Nem dos Timbiras, dos Tupinambá, nem do povo Tupi.
A MAGIA DA POESIA

Não precisa de rima pra entender o contexto de uma
poesia
Não é a estrutura que expõe o sentimentalismo que nele

O sentido, a crítica, a emoção... Está nos olhos de quem

A subjetvidade nos dá o poder de
imaginar
Cada verso, cada estrofe nos transporta para confins
desconhecidos
Na esperança de saber o que se passava na mente do
poeta
O brilhantismo, a leveza, a sutileza, a inteligência de cada
detalhe
Deixa-nos mais maravilhados com tamanha
beleza
Música, soneto, prosa, não importa o que
seja
Tudo se trata de arte, a maravilha do
pensar
Tudo se trata de arte, a maravilha do
sentir
Tudo se trata de arte, a maravilha do
interpretar
Viva à poesia!
Viva aos poetas!
TEMPO

Reconcilio-me com o tempo
E torno este meu amigo
Ele passa e eu vou com ele
E ele sempre está comigo

As coisas mudam de repente
E ele sempre vai, sem descanso
Quieto, rápido ou lentamente
Sossegado, apressado ou manso

Silencioso ele vai passando
A vida vai se transformando
E aos poucos se vai morrendo
E aos poucos se vai brotando

Lembranças surgem do tempo que já passou
Lembranças que jamais voltarão
E lentamente vão se dissipando
E lentamente chega a escuridão

O tempo passa e tranforma o jovem
O jovem que um dia o idoso foi
O tempo passa e transforma a vida
Que não pode ser deixada pra depois




sábado, 6 de fevereiro de 2010


O fim. Acontece com tudo aquilo que tem um começo e um meio. Chega para todos nós. É inevitável.

É O FIM.

É o fim...
É o desfecho.
É o fim...
É o desenlace.
É o fim...
Do respirar.
É o fim...
Do palpitar.
É o fim...
Não há mais vida.
É o fim...
Não há partida
É o fim...
É o expirar.
É o fim...
É o acabar.
É o fim...
É o falecido.
É o fim...
É o extinto.
É o fim...
É o perecer.
É o fim...
É o falecer.
É o fim...
É o perder.
É o fim...
Adormecer.