sábado, 18 de setembro de 2010

REFLEXÕES SOBRE O MUNDO CONTEMPORÂNEO

Na correria do dia-a-dia, com trabalho, estudos e tudo mais, a pressa se torna uma aliada involuntariamente. Tudo se torna superficial nesses tempos modernos. E quando alguém encontra um conhecido, que não vê a tempos nessa correria intensa, uma boa conversa se resume em frases curtas e apressadas nos pequenos segundos de duração da brecha de um sinal fechado. Seria mais ou menos assim:




Essa música foi composta a mais de 40 anos, por esse gênio da Música Brasileira, e retratava originalmente a vida urbana na época da ditadura. Más o tema dessa música ganhou mais vida e sentido atualmente, pois mostra o que está acontecendo com as pessoas em virtude das atribulações, anseios por uma vida melhor,o que acaba resultando numa pressa inevitável. Nos mostra o modo em que as pessoas são forçadas a ver as coisas ao seu redor: de relance, de fora, sem detalhes, na busca incessante por estabilidade na vida e um futuro melhor.

Abaixo, um poema de minha autoria que retrata o mesmo assunto.

QUERO

Quero parar más não consigo
Tudo é um movimento constante
Se eu parar não sobrevivo

Quero esperar, respirar fundo
Más tenho medo de me perder
Na pura míngua deste mundo

Quero esperar, não sei se posso
Não quero ficar pra trás
Nem num buraco sem fundo

Quero buscar meu bem estar
Só corro atrás do meu futuro
Más este custa a chegar

Quero uma cadeira de balanço
Quero um falar simples e manso
Quero um belo dia de descanso

Quero uma conversa de horas
Tocar viola na varanda
Ver crescer minhas crianças

Quero envelhecer calmo e sereno
Com um sorriso verdadeiro no rosto
E adormecer na eternidade, honroso

Más querer não é poder agora
Vou correndo contra o tempo
Que sempre tira-me rapidamente a hora

Desculpe, não posso mais falar
O tempo agora está passando
E este não pode escapar

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